[Resenha] O Vendedor de Armas - Hugh Laurie - Editora Planeta

O Vendedor de Armas

Autor: Hugh Laurie
Editora: Planeta
Ano de Publicação: 2014 
Páginas: 288
ISBN: 978-85-422-0350-9

SKOOB

O Vendedor de Armas era um livro desejado a muito tempo. Achei a sinopse incrível e a ideia inicial do enredo me chamou muito atenção. Apesar do interesse eu não criei uma grande expectativa nessa leitura e ainda bem, pois ela não foi exatamente o que eu espera.

Em O Vendedor de Armas conhecemos Thomas Lang, um ex-militar que recebe uma proposta de 100 mil dólares para assassinar um empresário norte-americano, mas Lang não é um assassino então decide alertar a vítima sobre o assunto. Só que o que deveria ser uma coisa simples de fazer, uma boa ação, acaba metendo Lang numa incrível trama de interesses e intrigas, envolvendo agentes federais, políticos, mafiosos e terroristas.

Aos poucos Lang percebe que a encomenda da morte do empresário é apenas a ponta do iceberg e que a sujeira é muito maior do que ele pensava, e quando é avisado de que a vida de uma linda mulher está em suas mãos, Lang não vê saída e acaba se envolvendo profundamente nessa perigosa conspiração onde enfrentará inimigos poderosos e cruéis.

"Imagine que você precisa quebrar o braço de alguém. 

Não interessa se é o direito ou o esquerdo. O ponto é que você precisa 

quebrá‑lo, porque se não o fizer... bom, isso não importa também. Vamos 

dizer que coisas ruins vão acontecer se você não fizer isso. 

O que quero perguntar é o seguinte: você quebraria o braço da pessoa 

rapidinho – tipo crack, oops, desculpe, deixa eu ajudar você com esta tala 
improvisada – ou prefere fazer aquele serviço completo que dura uns bons oito 

minutos, aumentando a pressão aos poucos, até que a dor fique rosa e verde e 

quente e fria e tudo isso junto, o que a torna dolorosamente insuportável?" 

No início da leitura eu fiquei vidrada na história e ri um bocado com Thomas Lang, pois o que é indiscutível nesse livro é o humor ácido e inteligente do personagem, mas depois de algumas páginas, o que deveria se tornar surpreendente, tornou-se cansativo e enrolado.

E eu vou confessar, em alguns momentos eu fiquei perdida na história tendo que voltar algumas passagem para relembrar assuntos e personagens. Isso porque o texto possui muitas informações, reviravoltas e personagens envolvidos. Esperava um texto mais simples, com uma história mais 'enxuta', e no fim das contas acabei perdendo o interesse pela leitura, pois ela deixou de ser agradável ou curiosa e nem mesmo o suspense e a ação que a trama possui me prendeu. 

Também achei o final confuso, o autor ficou devendo informações e depois de tanto fuzuê ficamos sem saber o que aconteceu com alguns personagens, é mais ou menos como se ele tivesse terminado as pressas, sem colocar as coisas nos seus devidos lugares.

Sem falar que nas últimas linhas ele cita uma personagem que eu simplesmente não me lembro dela! Se o autor quis terminar o livro com uma de suas piadas, citando essa tal personagem esquecida por mim, eu fiquei 'boiando' e não entendi.

A ideia do enredo é muito interessante e original, mas o desenvolvimento da história é confuso. O melhor do livro é, sem dúvida, a ironia do personagem, que não tem hora nem lugar. Eu dei boas risadas com Thomas Lang, mas só isso também não salva a história.